Território, Ancestralidade e Práticas Agroecológicas

Campo e cidade são formados por espaços produtivos privilegiados. Sendo assim, os trabalhadores são dissociados da sua força de trabalho e daquilo que produzem. Nesse cenário, diversos grupos sociais oriundos de partes marginalizadas realizam um trabalho muito importante que resiste à hostilidade do Estado. Em um contexto de aprofundamento do neoliberalismo, as práticas agroecológicos são uma forma de resistência e contraposição aos modelos hegemônicos e monopolizados instituídos.

Nesse sentido, o desenvolvimento dos territórios através de práticas agroecológicas se constitui como importante ação emancipatória. Por um lado, cria possibilidades de geração de renda e produção de alimentos. Por outro, propicia a construção de um espaço mais democrático, ecológico e produtivo. Além disso, reflete uma forma diferente de lidar com tais territórios, na medida em que ocorre a autoconstrução, a autogestão democrática e a valorização do trabalho coletivo calcado em saberes tradicionais e populares.

Dessa forma, o presente encontro oferece um espaço para discutir e vislumbrar os desafios e caminhos enfrentados por grupos e coletivos sociais que praticam agroecologia na resistência e no enfrentamento ao sistema hegemônico e monopolizado de desenvolvimento social. E, dessa forma, trocar experiências e saberes para a construção de espaços que sejam mais produtivos, democráticos e humanamente emancipados.

O encontro

Assim como o 1º Módulo Saúde e Agroecologia, o segundo encontro intitulado Território, Ancestralidade e Práticas Agroecológicas se divide em dois momentos. O primeiro deles é uma roda de conversa virtual com convidados envolvidos na temática resistência territorial e práticas agroecológicas.

A discussão inicial precederá a oficina Do Quilombo para o mundo: Ancestralidade e Práticas Agroecológicas no Território, elaborada por José Benaion. Quilombola e egresso do Curso de Etnodesenvolvimento da Universidade Federal do Pará – UFPA, teve sua vida marcada por lutas e resistências na comunidade de pertencimento, Quilombo Jocojó, localizado no município de Gurupá estado do Pará. É conhecido por sua referência em organização quilombola no território gurupaense. Jocojó é o lugar onde os negros escravizados ocuparam para se refugiarem dos brancos colonizadores de Gurupá, no período colonial brasileiro.

A oficina está disponível no canal do SoFiA no youtube.

Serviço

Convidados (as) da roda de conversa: Janir de Oliveira Silva (nascida e criada no Quilombo Maitaca, comunidade do Torra, município de Sabinópolis – MG) e Jesus Rosário Araújo (Quilombo Indaiá – Vale do Rio Doce, fundador e atual presidente da Federação das Comunidades Quilombolas do Estado de MG N-‘Golo)

Mediadora: Cristiana Guimarães (geógrafa e integrante da AMAU e do NEA-Mutiró)

Oficineiro: José Benaion Pombo (Quilombo Jocojó e egresso do curso de Etnodesenvolvimento da UFPA)

Caso você perdeu ou queira rever a roda de conversa ou a oficina, acesse:

Roda de conversa: Território, Ancestralidade e Práticas Agroecológicas

Oficina: Do Quilombo para o Mundo: ancestralidade e práticas agroecológicas

Repositório e material de referência

 olharesOlhares Agroecológicos: Análise econômico-ecológica de agrossistemas em sete territórios brasileiros

Realização: Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)

Disponível em: https://agroecologia.org.br/2017/03/21/olhares-agroecologicos-analise-economico-ecologica-de-agroecossistemas-em-sete-territorios-brasileiros/

apagar Redes de Agroecologia para o Desenvolvimento dos Territórios

Realização: Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)

Disponível em: https://agroecologia.org.br/2020/05/14/livro-redes-de-agroecologia-para-o-desenvolvimento-dos-territorios-aprendizados-do-programa-ecoforte/

 apagar 2 Diálogos entre Geografia e Agroecologia

  Publicado em: Revista Terra Livre

  Autora: Antonielle Pinheiro da Cunha

Disponível em: http://www.agb.org.br/publicacoes/index.php/terralivre/article/view/685

atena Reflexões acerca da Etnobiologia e Etnoecologia no Brasil

Organizado por: Roque Ismael da Costa Gullich

Disponível em: https://www.atenaeditora.com.br/wp-content/uploads/2019/02/E-book-Reflex%C3%B5es-acerca-da-Etnobiologia-e-Etnoecologia-no-Brasil-2.pdf

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